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Não sei quantas almas tenho

Autor: Cefas Carvalho

GÊNERO: contos | FORMATO: 14X21 | ANO: 2022 | PÁGINAS: 112 | Pólen soft 80

SINOPSE: A pluralidade tem muitas almas Escolado pelo ofício de jornalista ehomem de letras e cultura, Cefas Carvalhoapresenta nesta coletânea decontos o que o gênero tem de melhor:a pluralidade de temas e as muitase variadas formas de abordá-los.Ora com delicadeza, ora com precisãocirúrgica, ora com olhar de cachorropidão, ora com a faca nos dentese sangue nos olhos, as históriasque o autor resolveu contar aqui contemplamo paladar de quaisquer leitores.Como uma confeitaria que, navitrine, expõe os doces fabricados nacasa e seduz os fregueses com saboresmais e menos açucarados, algumaspitadas de amargura, pequenostoques de ilusão e fantasia, um tantode notas agridoces. Uma festa para alíngua e para os demais sentidos.Já na abertura de Não sei quantasalmas tenho o tom é incisivo: a receitade uma iguaria da cozinha caseiratem um segredo que só mãos sábiasdescobrirão, e à custa de algum sofrimento(Vaca atolada). O leitor desejamel? O sabor tão doce talvez tenhaum toque de melancolia, e isso podeser bom (Pão e mel). Ainda no quesitomel, Lua de mel faz o doce desandarde vez, com um final que deixaum gosto amargo na boca.A pluralidade de que falei acimaganha contornos mais acentuadosconforme o leitor avança na leitura.Suor traz a realidade crua para a ficçãoe clama por consolo e justiça;O beijo sugere que talvez a históriada humanidade pudesse ter um outrorumo; Gol trata, com grande lirismo,de desprezo e abandono na infância; Pai, por que me abandonaste? fala deuma dor tão grande que não cabe nomundo; Exumando cadáveres mostraque o passado não passou e, por nãoter passado, assombra e transformao presente; Espelho quebrado contaque se deve dar ouvidos a superstições— ou não.A solidão é fera, a solidão devora é acereja do bolo, de longe o melhorconto da coletânea. Partindo de umapremissa distópica (a história acontecenum futuro não muito distante dehoje, num mundo devastado e deserto),a solidão humana é escancarada emostra a sua face horrenda como sefosse um pesadelo do qual parece impossívelsair. É uma narrativa brilhante,que merece ser lida mais de uma vez.As narrativas do escritor Cefas Carvalhoencantam o leitor sedento pelo tradicional“começo, meio e _m” de todaboa história. Porque é isso que ele vaiencontrar neste volume: boas histórias.  Mário Baggio

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