GÊNERO: poesia | FORMATO: 16x23 | ANO: 2021 | PÁGINAS: 188 | Pólen soft 80
SINOPSE: A poesia nos permite diferentes formas de interpretações
e/ou de compreensão; dentro da linha discursiva de um livro desfila temas
diversos, intertextualidades, dicotomias, aforismos, metonímias, só para citar alguns.
E, eu, poderia destacar alguns dos elementos supracitados dentro do percurso poético-filosófico-existencial,
de Bioque Mesito, mas prefiro referenciar a relação, homem-tempo-espaço-cidade dentro
do corpus poético de seu belo livro Uma
estranha maneira de se comparar
amanhãs. Título
que por si só congrega toda uma reflexão sobre o vivido e o não vivido, sobre o
real e o imaginário. A competência vocabular de Bioque Mesito permite derrubar
as paredes da estética sem renunciar a poesia, ao mesmo tempo que ele diz no
poema Releituras:
“aos cinquenta anos caminho não esperando novidades nem me espantando com nada
neste mundo”. Em outro momento, no poema A máquina de consertar o mundo reconhece que a “poesia é um
estado de olhos que pontifica a existência”. E, eu, complemento com o excerto
do poema Os guardados, que Bioque diz que é “Um homem no caminho da transformação da
palavra”, e que traz nos olhos a sua pólis atravessando becos, ruas escadarias,
horizontes, dessa cidade plena ou esfacelada e mergulha nas fraturas do tempo sem
receio de encontrar o vazio que pode haver por lá. “O Homem está na cidade,
como uma coisa está em outra e a cidade está no homem que está em outra cidade”,
diz Ferreira Gullar. Bioque Mesito está no hoje e nos amanhãs da boa poesia.
Aplaudindo este poeta imenso, finalizo com os versos de Glória de Sant’Anna: “O
que me prende é o que te prende: largo horizonte de outros passados, raízes fundas
presas no chão e um mar tão largo”.
Luiza Cantanhêde
Uma estranha maneira de se comparar amanhãs
- Autor: Bioque Mesito
- Modelo: P986
- Disponibilidade: Em estoque
-
R$42,00
Produtos relacionados
Etiquetas: Candeeiro