GÊNERO: romance | FORMATO: 14X21 | ANO: 2022 | PÁGINAS: 106 | Pólen soft 80
SINOPSE: – Sou velha de saudade, coleciono um monte de passado. Ditas
por uma pessoa adulta, estas palavras transmitem o peso de vivências carregadas
de sofrimento. Mas quando elas partem de uma adolescente, o impacto nos comove
mais. Em Tomara que fosse ontem, uma garota relata a imensurável dor da perda do pai amado,
que se mistura às dores próprias do crescimento. O medo, a raiva, a culpa, as
mágoas, a solidão de não ter com quem falar de seus sentimentos. As dúvidas a respeito
da justiça e injustiça daqueles que morrem cedo. As mudanças de rotina e nos
papéis familiares. A busca frustrante de compreensão por parte dos amigos e
adultos, indiferentes ao seu sofrer. Como é possível que aquele pai amoroso e
sempre presente não exista mais? Que possa ser esquecido tão rapidamente pela
mãe, que tenta refazer sua vida? Em meio ao profundo desamparo na elaboração do
luto, é comovente a resiliência da narradora e os recursos que utiliza para
manter viva a memória do pai sonhador, amante das plantas e das flores. A necessidade
de tornar sua presença mais palpável, de guardar sua voz e o cheiro de terra
fresca das mãos. De reviver, através dessas lembranças, o aconchego do colo que
nunca mais vai ter. E daí, quem sabe, fazer germinar a semente da aceitação. A
par desta narrativa sensível, Alciene nos transporta a uma cidade do interior mineiro
e faz um painel multicolorido da vida provinciana. Seus preconceitos, costumes,
crendices e simpatias, as hipocrisias e fofocas entre vizinhas faladeiras, as
expressões e os ditos locais. Um livro que é uma pequena joia literária sobre o
sentido do amor e da perda, escrito por uma experiente artesã da palavra.
Cristina Agostinho
Tomara que fosse ontem
- Autor: Alciene Ribeiro Leite
- Modelo: P1019
- Disponibilidade: Livro indisponível. À espera de reimpressão.
-
R$40,00
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Etiquetas: Castiçal