GÊNERO: Poesia
FORMATO: 14x21| ANO: 2019
PÁGINAS: 76|Pólen Soft 90 gr
Entramos
numa “pesquisa poética”, a estranha violência da poesia: por que? que violência
é esta? não ser um "discurso direto", algo visto onde não se encontra
"absolutamente nada"? exigindo "três vezes para ser lido"
ou nada significa. esse é o terrível da poesia? não! o poema não é algo do
mundo dos espetáculos, das regras, da normalidade de todas as coisas, das
linguagens, das famílias, mas algo do “corpo”. [...] “A arte é mais pura que a
investigação”, mas só encontramos a arte, a poesia na aventura da investigação
feita pelo corpo entre corpos, entre palavras, na vida. [...] “O poema em si é
a única coisa que existe”, mas é mais do que ele, isso nos apavora e alegra.
Vivemos e nos recordamos, pensamos e novamente tudo se torna palavras, versos,
da mesma matéria dos sonhos, como se fossem as coisas mesmas, sendo mais, menos
e mais, o quase ser que diz o ser, isso que some ao aparecer se tornando
palavras. [...] a pesquisa é o poema, é o poema é a vida. o menos que nada que
é tudo. vem o mundo, se vai o mundo. Morgana Rech cria um poema fundamental.
Apenas lendo, indo além das suas camadas, (até mesmo a primeira é maravilhosa)
é que poderemos chegar a esse nada essencial, isso poesia, a nossa respiração,
sangue, vida. Eu não gostaria de não ter lido esse livro. Ele é muito mais do
que está dito aqui.
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