• O Visgo Das Coisas

GÊNERO: Poesia

FORMATO: 14X21   | ANO: 2018                  

PÁGINAS: 92| Pólen Bold 90 gr


SINOPSE:  “O Visgo das Coisas”, poema que abre a obra, também a intitulando, representa bem as tendências da escrita de Expedito. O poeta dedica seus versos as coisas do mundo, materiais, mas também aproveita a linha comum entre o existir, o ser, o sentir, e sua relação com o que há de tangível sobre a Terra. Questionamentos brotam da comparação saudosista com uma época no qual o “Ser” não era coisificado, objetivado, pelo contrário, o humano era exaltado na sua alma, da sua capacidade de expressão e criação, no entanto, agora, até mesmo os objetos materiais caem em desuso, assim, como aquilo que possui vida sofreu desvalorização, as máquinas-de-escrever, o guarda-chuva, os pássaros, também tem sua utilidade anulada pela alastrante apatia das coisas. O autor fala de um tempo, este tempo, no qual o visgo das coisas padece, pois falta luz, falta algo; talvez a própria humanidade, “tempo em que, por ser espelho, / o visgo das coisas padecia / mísero de luz”.  Com o mesmo ritmo de tristeza por aquilo que no mundo abstêm-se, o autor radicalmente fala da aceitação da morte, trazendo imagens de cemitérios, com suas valas vistas de um lugar alto. A altura da qual a vista desoladora do cemitério é enxergada é uma metáfora para a idade da maturidade, época em que o tédio do viver se acumula a ponto de ressecar a vista para coisas belas, no poema, o cemitério é tido como um espaço de padronização e massificação, “a certa altura, / resta aprender / a carregar os mortos / na vala comum / dos nossos próprios ossos”. Embora as letras e palavras de Expedito carreguem um pessimismo, quando a falar da morte, ou das padronizações, o autor enxerga as várias camadas da sociedade: os objetos, os semáforos, os animais, os cantores de rock, dos ídolos religiosos, todas as coisas são descritas, em sua complexidade quase despercebida, mas revitalizadas com o visgo de sua poesia.




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O Visgo Das Coisas

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Etiquetas: Candeeiro