GÊNERO: contos | FORMATO: 14X21 | ANO: 2022 | PÁGINAS: 98 | Pólen soft 80
SINOPSE: O livro dos
tradutores é bem mais que um livro de contos. É um livro sobre livros, que
inscreve Paulo Abe numa linhagem ancestral: uma genealogia de escritores-leitores
— ou, antes, de leitores-escritores — que prestaram seu tributo às bibliotecas.
[...] Um livro impossível, um trabalho de Sísifo como o do coveiro de Narung,
lugarejo remoto que, assolado por sucessivas guerras, abdicou de adubar seu solo
com os mortos e passou a nomeá-los num grande livro, no marco zero da
necrópole, uma cidade construída não para os vivos, mas para os mortos. Ou a
empreitada de Akira Kageyama, na narrativa que dá título à obra, um tradutor
que dedicou sua existência a construir “uma biblioteca de um homem só”, uma
“Babel de um único escritor”. Com cenários inspirados pelos bosques da ficção
de Eco, personagens que viajam por noites invernais de Calvino e histórias abreviadas,
quase portáteis, como as de Vilas-Matas, Paulo Abe nos mostra novamente que o
paraíso, para voltar a Borges, só pode ser uma espécie de biblioteca. [Tiago
Germano]
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